"Iniciei meu processo terapêutico com alguns objetivos e algumas questões que gostaria de desenvolver. Eu sentia uma grande dificuldade em compreender alguns sentimentos que me perpassavam, em encarar algumas situações que fugiam do meu controle, em me impor e me priorizar frente aos outros, em compreender e aceitar a finitude e a impermanência da vida, em olhar para o meu eu e me reconhecer nele. Durante o andamento da terapia, comecei a me permitir revisitar lugares e emoções, fazer questionamentos e reflexões que me auxiliaram a entender o que eu estava sentindo, pensar nos motivos, nas possíveis causas e consequências, me reconectar com os meus valores e com aquilo que eu acredito. Muitas vezes, para realizar esses exercícios, tive que me transportar a lugares e sensações que me trouxeram certo desconforto, uma certa dor, mas que foram necessários para o meu processo de encontro e cura, sempre acolhendo e respeitando meus sentimentos e limites. Me expus gradativamente a situações desafiadoras, mas que diante de tudo que eu estava experienciando e aprendendo, me vi totalmente capaz de lidar e superar. Tive um processo extremamente importante de autoconhecimento, de construção e afirmação da minha autoimagem, de olhar para mim, ocupar meus espaços, me priorizar, sem perder a empatia e o respeito pelo outro, me enxergar enquanto pessoa adulta, mulher, filha, irmã e companheira. Todos esses processos me deram suporte para eu me tornar cientista de mim mesma, uma pesquisadora do meu eu, além de uma adulta saudável, que se vê preparada para lidar com diferentes situações, com os desafios, as angústias e as tristezas que fazem parte da vida, encontrando caminhos para encarar da maneira mais saudável e que faça mais sentido para mim. Sinto uma evolução muito grande na minha trajetória com a terapia, reforçando o quão importante foi para mim essa ajuda, pois me possibilitou alcançar lugares e entendimentos que antes eu não conseguiria sozinha, compreendendo também o meu papel como protagonista nesse processo."